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ASSUNTOS IMPORTANTE PARA UM PEDAGOGO

NOVO ENSINO MÉDIO É APROVADO COM AUMENTO DA CARGA HORÁRIA E EXCLUSÃO DE DISCIPLINAS

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Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia não farão mais parte do currículo obrigatório do ensino médio.
Em cerimônia realizada na tarde desta quinta-feira, 22 de setembro, o presidente Michel Temer assinou a Medida Provisória (MP) que reformula o ensino médio no Brasil. A cerimônia também contou com a participação do ministro da Educação, Mendonça Filho, e de governadores e representantes das unidades federativas.

O Novo Ensino Médio prevê a implantação da escola em tempo integral, com 7 horas diárias de aula em 200 dias letivas. Com isso, a carga horária anual vai passar de 800 para 1.400 horas. O aumento vai ser gradual e começará no primeiro semestre de 2017.
O ponto polêmica do Novo Ensino Médio é a flexibilização do currículo. A proposta define uma Base Nacional Comum no 1º ano e currículo vocacionado no 2º e 3º ano do ensino médio. Apenas o ensino da língua portuguesa e de matemática será obrigatório em todos os anos.
A partir do 2º ano do ensino médio o estudante terá autonomia para escolher uma área para aprofundar os estudos, entre cinco opções: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Ensino Técnico Profissional. Até esse ano, o ensino médio tinha 13 disciplinas obrigatórias.
Exclusão de disciplinas
O texto da MP exclui as disciplinas de Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia da grade obrigatória do ensino médio. Essas disciplinas passam a ser opcionais no ensino médio. Artes e Educação Física continuam obrigatórias no ensino infantil e fundamental. Já a disciplina de Inglês passa a ser obrigatória a partir do sexto ano do ensino fundamental.
Justificativas
O ministro da Educação começou seu discurso afirmando que o ensino médio está falido. Segundo Mendonça Filho, as reformas no ensino médio são necessárias porque o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) está estagnado desde 2011 e conhecimento dos jovens em língua portuguesa e matemática piorou para o nível de 1997.
Recursos
O Governo Federal vai investir R$ 1,5 bilhão ao longo de dois anos para implantar as escolas em tempo integral nos estados e no Distrito Federal. A expectativa é matricular 500 mil jovens em tempo integral até 2018.
Ainda não é Lei
A MP entra em vigor a partir de sua assinatura, mas para virar Lei precisa ser analisada por uma comissão especial do Congresso e depois ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. Isso precisa acontecer em um prazo de 120 dias para a MP não perder a validade.
Enem
Na cerimônia, nada foi falado sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No entanto, caso a MP vire lei, o Enem terá que se adaptar ao novo ensino médio em 2017. A Matriz de Referência do Enem não muda desde 2009.

A DISCIPLINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A DISCIPLINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A disciplina na Educação Infantil, Regras de convivência, Castigos e recompensas, Summerhill, trabalho pedagógico, A função da criança.

Além das brigas, em sala de aula é bastante comum ouvirmos reclamações das crianças ou todos falando, gritando ou pedindo ajuda ao mesmo tempo. Temos também as crianças desatentas que se distraem com tudo. E as crianças que se mexem demais, que não param um só instante. Ao trabalhar a disciplina precisamos analisar alguns aspectos: a idade específica destas crianças, quais são as suas capacidades e como iremos organizar as atividades que pretendemos realizar. É interessante que, ao propor uma atividade, o professor já tenha preparado o material e o ambiente em que trabalhará com o grupo. Além disso, temos que pensar o tempo de duração das atividades. Além disso, a convivência necessita do estabelecimento de algumas regras.

Regras de convivência
Os momentos de conversa com todo o grupo tais como as conversas de roda, são oportunidades que merecem ser aproveitadas para a definição de regras essenciais, tais como respeitar a vez do outro falar, como usar o banheiro etc. É interessante que essas regras sejam registradas e que fiquem disponibilizadas para todos. A criança participa da construção de regras, aprende a ser parte de um grupo, ao mesmo tempo em que desenvolve sua autonomia.
Normas de convivência, hábitos de higiene e organização acompanham sempre adultos e crianças durante a realização de qualquer tipo de atividade. O professor precisa ter consciência que estas questões precisarão ser discutidas muitas vezes com as crianças. Trata-se de um processo de interiorização, no qual a criança aprende com o tempo e com a repetição. É preciso ter paciência, constância e firmeza. O exemplo dos pais e dos professores é fundamental. A partir dele, as crianças se baseiam para construir as suas próprias relações sociais.
DISCIPLINA à LIMITES.
E o que são limites? É quando definimos o que pode e o que não pode ser feito em diferentes situações. A compreensão do trabalho pedagógico e da linha de pensamento educacional da família é fundamental para todos: criança, educador e pais. A essência da autonomia é que as crianças se tornem aptas a tomar decisões por si mesmas. Autonomia significa levar em consideração os fatores relevantes para decidir e agir da melhor forma para todos.
Castigos e recompensas
O ideal é que não precisemos punir a criança e sim, consigamos fazê-la compreender o porquê da proibição. A criança não precisa ser recompensada com um presente ou com um elogio por aquilo que ela fez. O prazer de agir corretamente já é o suficiente para ela.
Summerhill
A escola de Summerhill foi fundada em 1921 e está situada na aldeia de Leiston, na Inglaterra.
Alexander Neill e sua esposa, quando começaram a escola, tinham como idéia principal: fazer com que a escola se adaptasse às crianças, em lugar de fazer com que as crianças se adaptassem à escola. Para eles, o ensino em si mesmo não é tão importante quanto a personalidade e o caráter. A função da criança é viver suas próprias vidas que seus pais, angustiados, pensam que elas devem levar. Neill acredita que Summerhill é a escola mais feliz do mundo, onde as crianças são saudáveis, livres e cujas vidas não estão contaminadas pelo medo e pelo ódio.
 
Publicado por: Renata Gonçalves
Retirado do BRASILESCOLA

Por que você continua “na correria”?

Esse é um texto no qual lanço um grande desafio, principalmente para as pessoas mais ansiosas. Espero que não perca a sua paciência e leia até o final, OK? Não queira ler “na correria”! Rsrsrsrs
Como já falei outras vezes, eu gosto muito de observar as pessoas e seus modos de se comportarem. E é bem interessante perceber o comportamento das pessoas que “vivem na correria”.

Elas normalmente são ansiosas, tem uma respiração descompassada, ficam o tempo todo olhando o relógio, são tensas, e em muitos casos são um pouco agressivas.
A vida e as minhas experiências têm me levado a compreender que um estilo de vida como esse não leva você a desenvolver uma felicidade que independa de coisas externas, sabe? Estou falando aqui sobre FELICIDADE GENUÍNA.
A felicidade é algo que brota do nosso ser, ela nunca vem de fora, jamais. O que pode vir de fora é a euforia e a excitação de um momento feliz proporcionado por alguma coisa bacana e interessante como uma viagem, um passeio, ou uma comida deliciosa preparada no capricho! Essas são as conhecidas “felicidades episódicas”
Uma pergunta bem simples que deixa quase todas as pessoas ansiosas “sem chão” é essa aqui:
“Se você fosse impossibilitado de fazer tudo o que você faz? O que você faria? Como reagiria?”.
A resposta mais sincera e provável será um sonoro, NÃO SEI!
E sabe por que elas respondem “não sei”? Por que elas não sabem mesmo! Rsrsrsrs
Elas ainda não se conhecem suficientemente bem para dar uma boa resposta, uma resposta que venha do coração…
Estou brincando com as palavras para que você não fique tenso lendo esse texto, beleza?
As pessoas que trabalham bastante, que são bem dedicadas no trabalho e nas responsabilidades são vistas perante a sociedade como “pessoas responsáveis”, “pessoas competentes”.
Isso é o máximo não acha? Ser responsável! Ser competente! Eu não acho e vou lhe explicar o porquê…
Veja só as raízes destas palavras!
RESPONSABILIDADE => Capacidade de gerar respostas
COMPETÊNCIA => Aquele que compete
Como diria a querida terapeuta Gisela Vallin, a gente vive em um mundo bélico, uma verdadeira guerrilha, onde cada um quer ter o seu lugar ao sol, onde cada um quer se sobressair, como se nesse planetão imenso não tivesse lugar para todo mundo, recursos para todo mundo!
Tem sim meus amigos! A grande questão é que ensinaram essas coisas malucas a você. Mas você pode mudar isso, basta querer!
E sabe quem melhor nos ensinou isso. Ele mesmo! O mestre Jesus Cristo.
Ele nos ensinou que “o reino dos céus está dentro de vós”.
Esse reino dos céus é a felicidade genuína, que não depende de nada externo para se revelar.
Essa foi uma das coisas mais preciosas que aprendi na vida. Vou deixar até em negrito para que você procure fixar na memória.
A FELICIDADE NÃO SE BUSCA, ELA APENAS SE REVELA, ELA JÁ É.
Você já é feliz e nem sabe! Talvez você ainda não se sinta feliz de verdade porque seu comportamento ainda é bélico, ainda é responsável, ainda é competitivo (competência).
Veja só! As pessoas que perante a sociedade são as mais competentes são também as mais competitivas.
Mas se você for até a casa delas quando vão dormir, estão pensando nas inúmeras respostas que terão que dar aos outros no dia seguinte. E isso gera mais ansiedade, e a ansiedade, o que faz? Lhes deixam tensos, elevam seus batimentos cardíacos, fazem ter sudorese excessiva e não conseguem dormir direito.
Agora você já sabe por que o LEXOTAN é um dos remédios mais vendidos no Brasil e no mundo?
LEXOTAN é o remédio dos mega responsáveis, dos competentes de plantão!
Mas o que fazer Isaias? Simples! Basta ficar um pouco mais relaxado.
Por que você não procura fazer uma meditação, uma ioga, um Thai Chi Chuan, uma terapia, um Reiki? Ah! Já sei! É porque você não tem tempo não é?
Bem! Mas como diria o meu grande amigo Mario Sergio Cortella“Tempo é uma questão de prioridade”.
As pessoas que vivem na correria, dependendo do caso, acabam pegando uma gastrite, ou uma estafa muscular, bruxismo (ranger de dentes ao dormir), fibromialgia, síndrome do pânico, ficam obesas, atraem acidentes de carro ou moto, acidentes que ferem o próprio corpo, e nos casos mais extremos, chegam até a desenvolver bem precocemente o famoso Mal de Alzheimer.
Se você não tem tempo para ter uma vida mais simples, uma vida com menos estresse, talvez precise de alguma dessas “chamadas de atenção da vida” para acordar! Que tal acordar agora, hein? Ao ler esse texto você está tendo essa oportunidade preciosa.
Já disse o Mario Sergio Cortella um zilhão de vezes: “A vida é muito curta para ser pequena”.
Leia esse texto especial dele e você vai entender melhor o que estou transmitindo nesse texto. Precisamos buscar o ESSENCIAL na vida! O que não for essencial, basta deixar que se vá! Basta soltar! Você acha difícil fazer isso?…
A vida é muito curta para ser pequena
Para concluir. Replico mais uma vez uma das frases mais perfeitas para levar os ansiosos e velocistas de plantão a reverem seus conceitos. Uma mais que genial frase do mestre Dalai Lama
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido”.
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Reconhecimento é a melhor forma de estimular alguém (Mário Sérgio Cortella)

Reconhecimento é a melhor forma de estimular alguém (Mário Sérgio Cortella)

O Salário não é a principal fonte de insatisfação dos brasileiros dentro das empresas. Mais do que uma remuneração condizente com o que seria justo pelo seu trabalho, as pessoas querem ser reconhecidas e valorizadas dentro das organizações. Ser mais uma peça da engrenagem é um fardo nos tempos atuais, defende o filósofo Mário Sérgio Cortella. Docente, educador, palestrante e consultor de empresas, Cortella afirma que a principal causa da atual desmotivação é a ausência de reconhecimento. E ela manifesta-se de várias formas: do chefe injusto à falta de valorização em cada projeto e tarefa. Não é uma questão puramente de promover o elogio desmesurado, mas uma forma de “dar a energia vital ao funcionário para continuar fazendo e seguindo em frente”. É principalmente evitar a mensagem de que “não ser mandado embora já é um elogio” ou que “o silêncio é a melhor maneira de dizer que está tudo em ordem”.


Em seu novo livro, Mário Sérgio Cortella fala sobre reconhecimento e de outras questões que considera inerentes à insatisfação de muitas pessoas hoje em relação ao próprio emprego. Em “Por Que Fazemos O Que Fazemos” [Editora Planeta], o professor reflete sobre próposito e por que as pessoas almejam empregos que conciliam uma satisfação pessoal e a certeza de não realizar um esforço “inútil” dentro da sociedade. Este tipo de aflição ganha maior evidência com a geração millennial que passou a almejar um “projeto de vida que não soe como conformado”, ou seja, do trabalho pelo trabalho. É sonhar com o trabalho grandioso, com uma rotina que não seja monótona, com um ‘projeto que faça a diferença’. Por outro lado, é uma geração também que chega – em parte –  com pouca disciplina, que tem ambição e pressa, que vê seus desejos como direitos – e ignora os deveres.
Todas essas aflições corporativas têm moldado a forma de atuar das empresas e das pessoas na hora de se associarem a um emprego. Em momentos de crise econômica, elas ganham um nível de contestação ainda maior. Em entrevista à Época NEGÓCIOS, Cortella comenta esses dilemas e mudanças, os “senões” de se fazer o que se ama e por que há uma “obsessão enorme por uma ideia de felicidade que não existe”:
As pessoas não querem mais somente um salário mais alto, querem acreditar que fazem algo importante, autoral. Por que a necessidade de ter propósito ganhou maior relevância? É uma questão geracional?
Ela é mais densa e angustiante na nova geração que enxerga muitas vezes na geração anterior, que a criou, certa estafa em relação ao propósito. É muito comum que jovens e crianças enxerguem hoje nos pais algum cansaço e até tristeza naquilo que fazem. O pai e mãe dizem “eu trabalho para sustentar, esse é meu trabalho”. Há uma grande conformidade. E essa conformidade de certa forma acabou marcando uma nova geração, a millennial, que traz aí a necessidade de ter algum projeto de vida. Eles não querem repetir um modelo que, embora esforçado, dedicado e valoroso soa, de certa maneira, como conformado. Hoje há uma aflição muito grande na nova geração de maneira que se traduz numa expressão comum: “eu quero fazer alguma coisa que me torne importante e que eu goste”. A geração anterior tinha um pouco essa preocupação, mas deixou um tanto de lado por conta da necessidade.
Quando o sr. se refere à geração Y, aos millennials, está considerando um recorte ou o todo?
Claro que temos recortes. Não estou falando de quem está atrelado ao reino da necessidade, que precisa trabalhar sem discussão porque precisa sobreviver. Esta é uma questão de outra natureza. O termo millennial que eu adoto, como muitos, é aquele que cunharam para quem nasceu a partir dos anos 1990. E essa geração tem recortes mais diretos em relação à camada social. Evidentemente se você considerar aqueles que são escolarizados, têm boa condição de vida e que estão acima da classificação oficial da classe D, essa geração tem mais possibilidade de escolha à medida que a sobrevivência imediata não é uma questão. Ela pode viver até mais tempo com os pais e ser por eles sustentada. Isso vem acontecendo. Já integrantes das classes D e E têm mais dificuldade – uma parcela às vezes encontra sobrevivência na transgressão, no crime de outra natureza e outros encontram aquilo que é o trabalho suplicial que o dia a dia coloca sem escolhas.
Como o senhor diz no seu livro até para ser mochileiro, você precisa ser livre de uma série de restrições…
Sim, você precisa dominar outro idioma, saber se virar. Há uma diferença entre um filho meu, de camada média, com uma mochila nas costas andando pela rua em relação ao modo que ele se conduz, à maneira como ele se dirige às pessoas do que ele ser, por exemplo, um andarilho. Uma pessoa pode até ser mochileira, mas ela já tem condições prévias que a tornam uma mochileira com menos transtornos do que como seria de outro modo.
O senhor diz frequentemente que, para fazer o que se gosta, é preciso fazer uma série de coisas das quais não se gosta. Esse entendimento provém de uma educação na empresa, da família ou escola?
É uma questão de formação familiar. Hoje há uma nova geração que, especialmente nas classes A, B e C, cresceu com facilitações da vida. Hoje a gente até fala em “adolescência estendida” que vai até aos 30 anos e não necessariamente até os 18 anos. São as pessoas que continuam vivendo com os pais, sob sustentação. Isso acabou levando também a uma condição, que uma parcela dos jovens entende que “desejos são direitos”, que vão obter aquilo porque é desejo deles e um outro vai providenciar. Cria-se assim a perspectiva equivocada de que as coisas podem ser obtidas sem esforço. Mas sabe, eu lembro sempre, trabalhar dá trabalho. Como costumo dizer: “só mundo de poeta que não tem pernilongo”. É óbvio que isso não anula a riqueza que essa nova geração tem de criatividade, expansividade, de receptividade em relação a vários modos de ser. Uma geração mentalmente rica, mas que precisa de um disciplinamento – que não é torturante, mas pedagógico – e que começa na família e vai encontrando abrigo na empresa. Essas estruturas são importantes para que essa energia vital não se dissipe. É preciso organizar essa energia de modo que não se perca com inconstâncias, para ser algo que possa de fato gerar benefício para o indivíduo e para a comunidade dele.
As empresas ainda não sabem lidar, de forma geral, com a energia desses jovens?
Não, elas ainda estão começando a aprender. Há algumas que já possuem uma certa inteligência estratégica e estão se preparando e preparando seus gestores para que acolham essa nova geração como um patrimônio e não como um encargo. Porque quando você acolhe a nova geração como um encargo, em vez dela ser “sangue novo”, ela se torna algo que é perturbador. E é claro que não é só o jovem que tem de se preparar para essa condição. É necessário que a pessoa que a receba seja acolhedora, mas que também se coloque em uma postura de humildade pedagógica. Que ela saiba que vai aprender muito com alguém que chega com novas habilidades que a geração anterior não tem. Lidar nos dois polos de maneira que equipes multigeracionais ganhem potência em vez de entrarem em situação de digladio ou confronto.
Nesses dois polos, os profissionais mais seniores ficam inseguros com receio de que seu papel não seja mais relevante nas organizações. Como eles podem lidar com esse novo cenário?
Eu só conseguirei ter essa percepção de que estou ficando para trás se eu deixar de lançar mão daqueles que chegam com coisas que eu ainda não conheço. E aí eu não vou ter só a percepção, eu vou ficar mesmo para trás. A gente aprende muito com quem chega, mas a gente também tem o que ensinar. Tem dois princípios que precisamos implantar: 1) quem sabe, reparte 2) quem não sabe, procura. Se eu formar seniores e juniores nesses dois princípios, de um lado vai ter generosidade mental e de outro a humildade intelectual. Essas duas trilhas virtuosas serão decisivas para que a gente construa maior potência no que precisa ser feito.
Com todos esses dilemas e mudanças, a ambição é necessária? Uma pessoa ambiciosa é boa ou perigosa para a empresa?
A pessoa ambiciosa é aquela que quer ser mais e melhor. É diferente de uma pessoa gananciosa, que quer tudo só para si a qualquer custo. Uma parte do apodrecimento que nosso país vive no campo da ética hoje se deve mais à ganância do que à ambição. Eu quero um jovem ambicioso. Eu, Cortella, sou ambicioso. Quero mais e melhor. Mais e melhor conhecimento, mais e melhor saúde. Mas não quero só para mim e a qualquer custo. A ganância é a desordem da ambição. É quando você entra no distúrbio que é eticamente fraturado. Por isso, é necessário que uma parte dos jovens seja ambiciosa. Um ou outro tem sim essa marca da ganância caso ele seja criado em uma família, estrutura, comunidade, na qual a regra seja a pior de todas: “fazemos qualquer negócio”. E essa regra é deletéria, é malévola aos negócios que, embora possam ser feitos, não devem ser feitos. A ambição é necessária, mas a ganância tem que ser colocada fora do circuito.
E quando você junta ambição e pressa? 
Não é algo que traz bons resultados. Uma das coisas boas da vida não é ter pressa, é ser veloz. Se você faz um trabalho apressadamente, você vai ter que fazer de novo. Quando eu vou consultar médico, eu quero velocidade para chegar à consulta, mas eu não quero pressa na consulta. Velocidade resulta de perícia, habilidade, de ser alguém que tem competência no que faz. A pressa resulta da imperícia. Por isso, o desenvolvimento da perícia, habilidade, competência permite que se faça algo velozmente. E se sou veloz, aquilo que resulta da minha ambição pode se transformar no meu êxito. Se sou apenas um apressado, vou ter que lançar mão de trilhas escusas para chegar ao mesmo objetivo – e o nome disso é Lava Jato.
O senhor aponta no livro que o maior descontentamento atual dos funcionários nas empresas não é salarial, mas a falta de reconhecimento. Por que a questão ganhou força nos últimos anos?
Hoje há um anonimato muito forte na produção. Como a gente tem uma estrutura de trabalho em equipe muito grande, o trabalho em equipe quase leva à anulação do reconhecimento do indivíduo. E isso significa que um trabalho em equipe não prescinde da atuação de cada pessoa. É necessário que não se gere anonimato. Eu insisto: reconhecimento não é só pecuniário, financeiro, é autoral. É necessário que a empresa exalte, mostre quem colaborou com aquilo. À medida que você tem reconhecimento, comemoração, celebração, isso dá energia vital para continuar fazendo. Não se entende aquilo como sendo apenas uma tarefa. O reconhecimento ultrapassa a ideia de tarefa. Não sei se seu pai fazia isso, mas chegava em casa com o boletim da escola, altas notas, e ele dizia: “não fez mais que a obrigação” – isto é altamente desestimulador. É preciso reconhecer, dizer que é bacana, comemorar. Aquilo que estimula a continuar naquela rota. Reconhecimento é a principal forma de estímulo que alguém pode ter.
No livro, o senhor também cita a obsessão por “uma tal ideia de felicidade” que acaba levando as pessoas a viverem muito mais a expectativa do que a realização. Por que isto ocorre?
A felicidade não é o lugar onde você chega. A felicidade é uma circunstância que você vivencia no seu dia a dia. Não tem “a felicidade”. Você tem circunstâncias de felicidade, ocasiões, que quando vêm à tona não devem ser deixadas de lado. Ninguém é feliz o tempo todo – isso seria uma forma de idiotia – à medida que a vida tem suas turbulências. Mas quando ela vier, admita a felicidade. Colocar a felicidade só num ponto futuro, inatingível, isso é muito mais resultante de uma dificuldade de lidar com a questão do que concretamente uma busca efetiva. Por isso, sim, a felicidade é uma desejo porque o mundo tecnológico nos colocou em contato com tantas coisas, mas nos deu uma certa marca de solitariedade, de ficar solitário com relação àquilo que se tem, a uma ausência de contato muito forte. Tudo é muito virtual e isso acaba gerando desconforto interno, angústia nas pessoas. E a felicidade é um nome que as pessoas dão para superar essa angústia.
O que é felicidade para o sr?
É a que eu tenho na minha vivência. Quando percebo uma obra feita, uma aula bem dada, um abraço sincero, afeto verdadeiro, conquista merecedora. São meus momentos de felicidade. Não são um lugar onde desejo chegar.

6 pontos essenciais para elaborar um plano de aula

6 pontos essenciais para elaborar um plano de aula

Há pouco tempo, acompanhei uma palestra em Salvador em que António Nóvoa afirmou que “aprender é uma viagem e ensinar é oferecer instrumentos aos estudantes para que essa viagem vá o mais longe possível”. Eu concordo. E, dentro desse cenário, reconheço o plano de aula como uma carta de navegação com decisões diárias ajustadas ao tempo e aos percursos de viagem já realizados e a realizar.

É comum ouvir educadores que consideram o plano de aula desnecessário e o substituem por livros didáticos, pequenas notas ou mesmo por um conjunto de atividades aleatórias. Parece aceitável tomar essas atitudes na área da Educação, mas não ousamos subir em um avião sabendo que o piloto cometeu a façanha de não dispor de um plano aprovado para aquele voo específico ou encarar uma cirurgia em que o médico não fez um estudo prévio para o paciente. Como prática profissional, o planejamento é uma atitude imprescindível e na escola também precisa ser assim.
 
Não deixe de ver: VÁRIOS PLANOS DE AULA PRONTOS 

O plano de aula é a modalidade de planejamento que mais dialoga com o currículo real da sala de aula. Por isso, compartilho algumas dicas para garantir a boa elaboração desse instrumento:


  1. Use as informações e reflexões sobre sua turma. Tenha um olhar sensível para a maneira como as crianças estão se apropriando das propostas didáticas, observe os avanços e o que é mais desafiador para elas. Para ser funcional e significativo, o plano precisa fazer sentido não só para o educador mas atender às necessidades reais da classe.
  2. Articule o planejamento. O plano de aula não é uma ilha, por isso é esperado que o professor contextualize essa produção em um planejamento maior. Ele pode estar ligado a sequências ou projetos didáticos ou outras atividades previstas para o bimestre. Para saber mais sobre essas modalidades organizativas do tempo didático, recomendo o livro de Délia Lerner: Ler e Escrever na Escola: o Real, o Possível e o Necessário.
  3. Estruture o plano. Independente do modelo que o professor adote, o documento deve conter as atividades propostas, os objetivos de aprendizagem, as estratégias didáticas, as possíveis intervenções e uma análise com os indicadores de aprendizagem.
  4. Tenha objetivos claros. Plano de aula não é lugar para objetivos gerais e mais complexos. Defina com clareza quais são os objetivos de aprendizagem daquela atividade e estabeleça indicadores de avaliação que possam ajudá-lo a acompanhar o desenvolvimento desses itens. Para isso, uma boa opção é fazer registros que indiquem como os alunos estão participando das atividades e se eles estão conseguindo produzir o esperado.
  5. Seja flexível. Não é porque você planejou o passo a passo de uma atividade que ela precisa e vai acontecer exatamente como você previu. Considere o fluxo em andamento a cada etapa prevista. Ajuste as estratégias didáticas e a gestão do tempo aos ritmos e estilos da classe, mesmo que isso altere o que foi pensado anteriormente.
  6. Ao reutilizar o plano, faça uma revisão profunda. Cada planejamento é pensado para uma classe. Cada classe é única e, por isso, é preciso reconsiderar objetivamente os conhecimentos prévios sobre os conteúdos para definir os objetivos e as intervenções didáticas.
Planejar é um ato criativo e profissional que não deve se submeter a modelos estereotipados nem tampouco à ideia de que, no final das contas, o plano de aula é uma receita de bolo. Nessa viagem docente, retomando a metáfora de Nóvoa e fazendo referência a Telma Weisz, é preciso fazer “o ensino dialogar com a aprendizagem”.
 
Esta postagem foi retirada do site NOVA ESCOLA.  E escrito por: Neurilene Martins.

 

Diversão de antigamente que ainda hoje encanta

Diversão de antigamente que ainda hoje encanta

Os nomes podem até variar de um lugar para outro, mas as brincadeiras populares estão presentes em todo o país. De tão importantes, elas são estudadas por diversos pesquisadores e reunidas em dezenas de livros. Mais comuns no passado ou nas cidades menores, essas brincadeiras ensinam as crianças a aceitar derrotas e, claro, a vibrar com as vitórias. Há opções para alunos a partir dos 4 anos, que já são capazes de seguir regras fáceis. Por volta de 6 ou 7 anos, jogos mais complicados, como a amarelinha, são sucesso garantido. 


AGACHA-AGACHA

Nessa brincadeira de perseguição, a criançada corre, agacha e levanta, aperfeiçoando os movimentos 
IDADE A partir de 4 anos. 
LOCAL Pátio ou outro espaço amplo. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR Uma criança é eleita o pegador. Para não serem apanhadas, as demais fogem e se agacham. Quando o pegador consegue tocar um colega que está em pé, passa sua função a ele. Não há um vencedor. A brincadeira acaba quando as crianças se cansam.

BALANÇA-CAIXÃO

Aqui entra corrida, agacha e levanta e até um esconde-esconde. A garotada ganha agilidade e capacidade de desenvolver os movimentos 
IDADE A partir de 4 anos. 
LOCAL Pátio ou outro espaço amplo com lugares para servir de esconderijo. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR Um integrante do grupo é escolhido o rei e se senta em uma cadeira ou em um muro baixo. Outro participante é eleito o servo. Ele se ajoelha de frente para o rei e apóia o rosto em seu colo. Os demais formam uma fila atrás do servo, cada um apoiando a cara nas costas do companheiro da frente. Todos recitam: "Balança, caixão / Balança você / Dá um tapa nas costas / E vai se esconder". O último da fila dá um tapa nas costas do que está na sua frente e se esconde. Uma a uma, as crianças vão repetindo essa ação até que todas estejam escondidas. É a vez, então, do servo sair à procura dos colegas. Ganha quem for pego por último. A brincadeira recomeça com a escolha de outras crianças para representar os personagens. 
LEMBRETE Se o pátio da escola não oferece cantinhos para a garotada se esconder, improvise montando "trincheiras" com panos estendidos sobre cadeiras.

ELEFANTINHO COLORIDO

Azul, vermelho, verde, amarelo... Qualquer objeto com essas cores se transforma em pique. A atividade exige atenção e agilidade para correr e não ser pego 
IDADE A partir de 4 anos. 
LOCAL Ambiente espaçoso e colorido. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR Uma criança é escolhida para comandar. Ela fica na frente das demais e diz: "Elefantinho colorido!" O grupo responde: "Que cor?" O comandante escolhe uma cor e os demais saem correndo para tocar em algo que tenha aquela tonalidade. Sorte de quem tiver a cor na roupa: já está no pique! Se o pegador encostar em uma criança antes de ela chegar à cor, é capturada. O comandante tem de escolher uma cor que não está num local de fácil acesso para dificultar o trabalho dos demais. Vence a brincadeira quem ficar por último.

ESTÁTUA

Vale fazer micagens e até cócegas em quem vira estátua. Vence quem ficar imóvel mesmo com tamanha provocação 
IDADE A partir de 4 anos. 
LOCAL Pátio. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR Uma criança é eleita o líder. As demais andam livremente pelo pátio até que ela diga: "1, 2, 3, estátua!" Nesse momento, elas param no lugar fazendo uma pose. O líder escolhe um colega e faz de tudo para que ele se mexa. Só não vale empurrar. Quem resistir às caretas e cócegas ficando imóvel é declarado o vencedor e assume a posição de líder.

BARRA-MANTEIGA

A molecada vai correr a valer e trabalhar com um novo conceito de equipe, já que durante a brincadeira todo mundo pode passar de um time para o outro 
IDADE A partir de 5 anos. 
LOCAL Pátio ou área com mais de 17 metros de comprimento. 
PARTICIPANTES No mínimo quatro. 
COMO BRINCAR Trace duas linhas paralelas distantes 15 metros (ou 15 passos) uma da outra. Atrás dessas marcações ficam as crianças, divididas em dois grupos com o mesmo número de integrantes, umas de frente para as outras. Dado o sinal, um aluno do grupo escolhido para começar vai até o limite do outro time, onde estão todos com os braços estendidos e com a palma da mão virada para cima, e recita: "Barra-manteiga / Na fuça da nega / Minha mãe / Mandou bater / Nesta daqui / Um, dois, três." Ele bate na palma da mão de um dos colegas e foge para o seu território. O adversário tem de correr atrás dele e tentar pegá-lo. Se isso acontecer, o desafiante é incorporado à equipe adversária. Caso contrário, é a vez do desafiado fazer o mesmo com alguém do outro time. A linha nunca deve ser invadida pelo perseguidor. Caso aconteça, ele é capturado. Vence o time que ficar com mais gente. 
LEMBRETE Se o número de crianças for ímpar, participe você também da atividade.

BATATA QUENTE

Para não "morrer" com a bola na mão, as crianças precisam se concentrar e coordenar os movimentos ao ritmo da fala 
IDADE A partir de 5 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Bola. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR O grupo fica em círculo, sentado ou em pé. Uma criança fica fora da roda, de costas ou com os olhos vendados, dizendo a frase: "Batata quente, quente, quente... queimou!" Enquanto isso, os demais vão passando a bola de mão em mão até ouvirem a palavra "queimou". Quem estiver com a bola nesse momento sai da roda. Ganha o último que sobrar. 
LEMBRETE Uma opção é pedir para as crianças mudarem o ritmo com que dizem a frase. As que estão na roda têm de passar a bola de mão em mão mais rápido ou devagar, conforme a fala.

CARACOL

Essa atividade é um ensaio para a amarelinha. A meninada desenvolve o equilíbrio fazendo todo o percurso pulando com um pé só 
IDADE A partir de 5 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Giz para riscar o chão e pedrinhas. 
PARTICIPANTES No mínimo dois. 
COMO BRINCAR Depois de desenhado o diagrama ( ao lado) no chão, as crianças determinam uma ordem entre elas. A primeira joga a sua pedrinha no número 1. O objetivo é percorrer todo o caracol pulando com um pé só em todas as casas - só não pode pisar naquela em que está a pedrinha. Quando chega ao "céu", ela descansa e retorna da mesma maneira: pulando em cada casa até o número 1. Ela agacha, apanha a pedrinha e pula para fora do caracol. Para continuar a brincadeira, ela joga a pedrinha no número 2 e assim por diante. Ela não pode pisar ou jogar a pedrinha na risca nem atirá-la fora do diagrama. Se isso acontecer, perde a vez. Vence quem completar o percurso primeiro.

PASSA, PASSA TRÊS VEZES

Essa brincadeira é pura adivinhação. Mas, quem conhece o gosto dos colegas pode levar vantagem nessa hora 
IDADE A partir de 5 anos. 
LOCAL Pátio. 
PARTICIPANTES No mínimo cinco. 
COMO BRINCAR Em segredo, duas crianças definem um tema - frutas, por exemplo. Depois, escolhem qual fruta cada uma irá representar. Uma pode ser a uva e a outra a pêra. Elas dão as mãos formando um túnel por onde os colegas passam, um atrás do outro, cantando: "Passa, passa três vezes / O último que ficar / Tem mulher e filhos / Que não pode sustentar". Quando a música acaba, as duas crianças que formam o túnel abaixam os braços prendendo o colega que está passando naquele momento. Sem que os outros escutem, o que foi preso responde à pergunta: "Pêra ou uva?" Depois, ele sai da fila e vai para trás do colega que representa a sua escolha. Ganha a brincadeira quem tiver mais participantes atrás de si. 
LEMBRETE As crianças podem escolher, além de frutas, temas como brinquedos, cidades, cores e flores.

CABRA-CEGA*

Quem está de olhos vendados aprimora a audição. As outras crianças aprendem a cooperar quando alertam o amigo sobre os obstáculos que estão pelo caminho 
IDADE A partir de 6 anos. 
LOCAL Pátio pequeno e livre de objetos (para evitar acidentes). 
MATERIAL Uma venda para os olhos. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR A criança escolhida para ser a cabra-cega tem os olhos vendados. Os colegas, que dão as mãos formando um círculo ao redor dela, começam um diálogo com a cabra: "Cabra-cega de onde vieste?" / "Do moinho de vento." / "Que trouxeste?" / "Fubá e melado." / "Dá-nos um pouquinho?" / "Não." / "Então afasta-te." Assim que dizem isso, as crianças da roda se espalham pelo pátio, desafiando a cabra-cega a encontrá-las. Quando a cabra consegue tocar um dos fugitivos, tira a venda e elege outro para ficar em seu lugar. 
* A brincadeira também é chamada de pata-cega.

ELÁSTICO

Na altura do tornozelo, até que é fácil. Craque mesmo é quem consegue dar seus pulos quando o elástico está bem alto 
IDADE A partir de 6 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Um elástico de 4 metros com as pontas unidas. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR Duas crianças são escaladas para segurar o elástico. Elas ficam aproximadamente 2 metros de distância uma da outra, com o elástico na altura do tornozelo e com as pernas afastadas. A criança que fica no centro do elástico tem de fazer todos os movimentos combinados com os colegas antes de iniciar a brincadeira. Pode ser pular com os dois pés em cima do elástico, com os dois pés fora dele, saltar com um pé só e depois com o outro etc. Se conseguir, ela passa para a próxima fase: executar a mesma seqüência de movimentos com o elástico colocado em uma altura maior. Do tornozelo passa para a canela, depois para o joelho até chegar à coxa. Se a criança errar, troca de posição com um dos colegas que estão segurando o elástico. Ganha quem chegar mais alto sem errar.

PASSA-ANEL

Uma boa capacidade de observação aliada a um palpite certeiro são fundamentais para se sair bem nessa divertida brincadeira 
IDADE A partir de 6 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Um anel. 
PARTICIPANTES No mínimo quatro. 
COMO BRINCAR Uma criança fica com o anel. As outras se sentam em um banco, uma ao lado da outra, com os braços apoiados no colo e com a palma das mãos unidas. A "dona" do anel passa suas mãos unidas entre as de seus companheiros escolhendo um deles para receber o anel. Ela repete esse movimento algumas vezes - pode até fingir que colocou nas mãos de alguém. Quando resolve parar, abre as mãos mostrando que estão vazias e pergunta para um dos participantes: "Com quem está o anel?" Se o escolhido acertar a resposta, tem direito de passar o anel. Se não, a brincadeira recomeça com o mesmo passador.

AMARELINHA*

Joga, pula e agacha. Assim, a garotada vai do céu ao inferno fazendo ginástica e ficando craque na pontaria 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Giz ou fita adesiva e pedra ou bolinha de papel. 
PARTICIPANTES Um ou mais. 
COMO BRINCAR Depois de desenhado o diagrama (ao lado) no chão, as crianças determinam uma ordem entre elas. A primeira vai para a área oval chamada de céu e, de lá, atira a sua pedra no número 1. Sem colocar o pé nessa casa, ela atravessa o diagrama ora pulando com os dois pés, quando tiver uma casa ao lado da outra, ora com um só. Quando chega à figura oval onde está escrito inferno, faz o percurso de volta e apanha a pedra, também sem pisar na casa marcada. Em seguida, ela repete o mesmo procedimento em todas as casas. A criança não pode pisar ou jogar a pedra na risca nem atirá-la fora do diagrama. Se isso acontecer, ela perde a vez. Vence quem completar o percurso primeiro. 
* A brincadeira também é chamada de amarela, marelinha, academia, cademia, sapata, avião, maré, macaca e pular-macaco.

ARRANCA-RABO

Não tem nada a ver com briga, não! A turma desenvolve a agilidade e o espírito de equipe tentando puxar a fita presa na calça dos adversários 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Fitas de tecido ou de papel. 
PARTICIPANTES No mínimo quatro. 
COMO BRINCAR O grupo é dividido em dois. Os integrantes de um dos times penduram um pedaço de fita na parte de trás da calça ou da bermuda. Eles serão os fugitivos. Ao sinal do professor, os fugitivos correm tentando impedir que as crianças do time adversário peguem suas fitas. Quando todos os "rabos" forem arrancados, as equipes trocam de papel. Quem era pegador vira fugitivo. Ganha a equipe que demorar menos tempo para arrancar todos os "rabos".

BANDEIRINHA*

No corre-corre para perseguir e pegar, as crianças desenvolvem a agilidade e a rapidez. E mais: se tornam ótimas estrategistas 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio ou quadra de voleibol. 
MATERIAL Duas bandeiras de cores diferentes, que podem ser garrafas PET, por exemplo. 
PARTICIPANTES No mínimo quatro. 
COMO BRINCAR O grupo é dividido em duas equipes. Cada uma escolhe um campo e coloca a sua "bandeira" no centro da linha de fundo do campo adversário. O objetivo é recuperar a bandeira sem ser tocado. Quem for pego fica parado no lugar até que um colega de equipe se arrisque a salvá-lo. Para isso, basta tocá-lo. Assim, ele fica livre para voltar ao campo de origem ou investir mais uma vez na recuperação da bandeira. O time precisa decidir a melhor estratégia, já que se avançar no campo adversário com muitos jogadores ficará com poucos para defender o seu. 
* A brincadeira também é chamada de pique-bandeira, bandeira, rouba-bandeira e bimbarra.

BEIJO, ABRAÇO, APERTO DE MÃO

Surpresa total. As crianças escolhem de olhos fechados quem vão beijar ou abraçar ou de quem vão apertar a mão 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio. 
PARTICIPANTES No mínimo quatro. 
COMO BRINCAR As crianças ficam sentadas, uma ao lado da outra. Duas delas, eleitas para iniciar a brincadeira, ficam em frente às demais - uma delas com os olhos tapados. A que está vendo aponta para os que estão sentados e pergunta para a colega: "É esse? É esse?" Quando ela responde "sim", vem a segunda pergunta: "O que você quer dele? Beijo, abraço ou aperto de mão?" A criança interrogada faz a sua escolha, olha para o grupo e descobre quem é. Aí é só beijar ou abraçar o colega ou apertar a mão dele.

BOCA-DE-FORNO

A turma tem de fazer tudo o que o mestre mandar. Quanto mais criativa a tarefa, mais divertido fica 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR Uma das crianças é escolhida para representar o mestre. A brincadeira inicia com ela dizendo: "Boca-de-forno". E a turma responde: "Forno". Ela continua: "Tirando o bolo". E o resto diz: "Bolo". Ela novamente: "Fareis tudo o que seu mestre mandar?" O grupo fala: "Faremos!" Nesse momento, o mestre dá uma ordem e cada um dos participantes tem de cumpri-la. Ele pode, por exemplo, pedir aos colegas que andem até um determinado ponto e voltem pulando em um pé só ou que busquem algum objeto. O primeiro que chegar se torna o chefe e o último recebe um castigo.

CINCO-MARIAS*

De olho nos saquinhos que estão no chão e nos que são jogados para cima, a molecada ganha em concentração e trabalha a coordenação motora 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Cinco saquinhos recheados com areia ou arroz. 
PARTICIPANTES Um ou mais. 
COMO BRINCAR Determine a ordem dos participantes. O primeiro joga os cinco saquinhos para cima deixando-os cair aleatoriamente no chão. Na primeira fase, ele escolhe um dos saquinhos e o joga para cima. Antes de pegá-lo de volta, recolhe com a mesma mão um outro que está no chão. Em seguida, joga um dos que estão em sua mão para cima e pega um terceiro, segurando todos juntos na mesma mão. Se o saquinho que está no ar cair, a criança dá a vez para outra. O participante passa para a próxima fase se conseguir segurar todos os saquinhos. Na segunda fase, os saquinhos que estão no chão são pegos de dois em dois. O desafio aumenta na terceira fase. Agora, é preciso lançar um saquinho e pegar três. Depois, jogar um que está na mão e pegar o restante. Na quarta fase, a criança forma com o polegar e o indicador de uma das mãos uma trave de futebol. Com a outra, joga um saquinho para o alto e empurra outro para dentro desse gol antes de pegar o que está no ar. A criança tem de fazer quatro gols em quatro tentativas. A última fase determina os pontos de cada criança. Ela lança os cinco saquinhos ao ar e tenta pegar o máximo possível com as costas da mão. Quantos ficarem em sua mão será o número de pontos. 
* A brincadeira também é chamada de jogo das pedrinhas.

QUEIMADA*

A atividade desenvolve a agilidade corporal. Afinal, é preciso se safar das boladas para não sair do jogo. De quebra, a garotada fica boa de mira para acertar o adversário 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio ou quadra de voleibol. 
MATERIAL Bola. 
PARTICIPANTES No mínimo quatro. 
COMO BRINCAR O grupo é dividido em duas equipes, cada uma com o seu campo. Decide-se quem começa com a bola. O objetivo é acertar um participante do time adversário e eliminá-lo. Se a criança conseguir pegar a bola, tem o direito de atirá-la em um jogador da outra equipe. Ganha o time que eliminar todos os participantes da equipe concorrente. 
* A brincadeira também é chamada de queima.

CORRIDA DE SACO*

Ganha quem chegar mais rápido, mas nessa corrida ninguém estica as pernas em grandes passadas. A garotada sua mesmo, dando pulos feito canguru 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio ou área livre com cerca de 20 metros. 
MATERIAL Sacos de farinha ou de batatas. 
PARTICIPANTES No mínimo quatro. 
COMO BRINCAR A turma é dividida em equipes. São traçadas duas linhas paralelas com cerca de 18 metros de distância uma da outra. Uma será a marca da partida e a outra da chegada. Cada time recebe um saco. O primeiro corredor "veste" o saco e o segura com as mãos na altura da cintura. Ao sinal de partida, ele sai pulando até a marcação oposta e volta, também pulando. Em seguida, tira o saco e o entrega ao segundo participante. O jogo prossegue assim até que todos os integrantes de uma das equipes completem o percurso e vençam a competição. 
* A brincadeira também é chamada de corrida do canguru.

PEGA-PEGA

A meninada vai precisar de fôlego e agilidade para correr do pegador. Para variar, quem for pego também começa a correr atrás dos colegas 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR Uma criança é escolhida para ser o pegador. A turma se dispersa e ela corre atrás dos colegas tentando tocá-los. Se encostar a mão em alguém, esse será o novo pegador. Há algumas variações possíveis. Exemplos: a criança tocada tem de dizer o nome de um colega, que será o novo pegador; e as crianças pegas passam a pegar os colegas também, só que mantendo uma mão no lugar onde foram tocadas.

QUENTE OU FRIO*

Atenção e concentração nas pistas. Só assim a criança encontra o local que os colegas transformaram em esconderijo 
IDADE A partir de 7 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Qualquer objeto. 
PARTICIPANTES No mínimo dois. 
COMO BRINCAR Os alunos escolhem um colega que se afasta enquanto eles escondem um objeto. A criança é chamada de volta e a turma começa a dar pistas sobre onde está ele. Quando ela se afasta do esconderijo, o grupo diz: "Está frio" ou "Está gelado" (se ela estiver bem longe). Quando se aproxima, a criançada sinaliza falando: "Está quente" ou "Está pelando" (caso esteja muito perto). Quando ela encontra o objeto, o grupo grita: "Pegou!" 
* A brincadeira também é chamada de peia-quente.

MÃE-DA-RUA

Nessa brincadeira de perseguição, a turma desenvolve o equilíbrio e ganha rapidez, fugindo do pegador com uma perna só 
IDADE A partir de 8 anos. 
LOCAL Pátio ou área com cerca de 6 metros. 
MATERIAL Giz. 
PARTICIPANTES No mínimo três. 
COMO BRINCAR São traçadas no chão duas linhas paralelas e distantes uma da outra cerca de 4 metros (ou 4 passos). O grupo se divide em dois lados, deixando na área central apenas uma criança, a "mãe da rua". As demais devem atravessar a "rua" pulando em uma perna. Nesse momento, a "mãe da rua", que corre com as duas pernas, deve pegá-la. Se ela conseguir, essa criança passa a ajudá-la a capturar os outros que tentam passar de um lado para o outro. Vence quem ficar por último sem ser pego.

CORDA

As crianças não param com os pés no chão com essa série de brincadeiras que desenvolve o ritmo e a capacidade aeróbica 
IDADE A partir de 8 anos. 
LOCAL Pátio. 
MATERIAL Corda de sisal, náilon ou elástico com aproximadamente 4 metros de comprimento. 
PARTICIPANTES No mínimo dois (se uma ponta da corda ficar amarrada). 
COMO BRINCAR Aumenta-aumenta: duas crianças seguram a corda pelas pontas bem próxima ao chão e as outras pulam. A altura da corda vai aumentando aos poucos. A brincadeira termina quando resta apenas um participante capaz de pular a corda àquela altura. Chicotinho queimado: o grupo se organiza em um círculo e uma criança fica no centro segurando a corda por uma das pontas. Ela gira a corda rente ao chão e as outras pulam. Vence quem nunca for tocado pela corda. Zerinho: duas crianças batem a corda. O objetivo dos outros participantes é passar pela corda sem esbarrar nela calculando a altura e a velocidade ideais. Foguinho: duas crianças começam batendo corda em um ritmo e, aos poucos, aumentam a velocidade. Termina quando a criança esbarrar na corda. Pular corda: se a criança não sabe começar a pular com a corda já em movimento, peça para ela se posicionar ao lado da corda, rente ao chão, e só então os colegas começam a bater. Para entrar na brincadeira com a corda em movimento, é preciso esperar que ela fique no alto. A brincadeira fica mais divertida se a garotada marcar o ritmo e o tempo com ladainhas como essas: "Salada, saladinha / Bem temperadinha / Sal, pimenta, salsa e cebolinha / É um, é dois, é três"; "Abacaxi-xi-xi / Quem não entra / É um saci / Beterraba-raba-raba / Quem não sai é uma diaba"; "Um homem bateu à minha porta / E eu abri / Senhoras e senhores / Dá uma voltinha (e a criança, dentro da corda, dá uma volta)/ Senhoras e senhores / Pule num pé só (e a criança, dentro da corda, pula com um pé só) / Senhoras e senhores / Põe a mão no chão (e a criança, dentro da corda, põe a mão no chão) / E vai para o olho da rua" (e a criança tem de "sair" da corda).

 

A utilização do lúdico como ferramenta pedagógica para a alfabetização e letramento

A utilização do lúdico como ferramenta pedagógica para a alfabetização e letramento

Por: Lenice Ramos Dutra
RESUMO
Através deste artigo científico, objetiva coletar dados que demonstrassem a importância das atividades lúdicas na alfabetização, visto que jogos e brincadeiras são, essencial na construção de uma aprendizagem significativa e isso em qualquer fase escolar. Pretende-se comprovar que a utilização de jogos e brincadeiras em sala de aula contribui para formação de atitudes sociais como respeito mútuo, cooperação, relação social e interação, auxiliando na construção do conhecimento. Sabe-se que a criança caracteriza-se principalmente pela sua criatividade, pelo fascínio das descobertas, das atividades e situações diferentes, enfim, possui extremo interesse pelo novo, pelo palpável e por tudo o que é no concreto. Assim o processo de aprendizagem na alfabetização e letramento torna-se prazeroso, fácil e dinâmico.
Palavras chaves: Alfabetização. Letramento. Lúdico. Aprendizagem. Prazerosa.


INTRODUÇÃO
O objetivo dessa pesquisa é verificar a importância do lúdico dentro do processo de alfabetização e letramento. Os jogos, que por muito tempo fizeram parte da didática de grandes educadores do passado, hoje, surgem como necessidade absoluta e indispensável no processo educativo. Não será abordado o brincar por brincar e sim o brincar sob uma perspectiva pedagógica. Almeida (1978) afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo.
Também, será analisado de que forma o professor deve planejar uma prática pedagógica que otimize e facilite a inclusão do jogo e a brincadeira na escola, levando em consideração o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, os quais estão fortemente interligados.
Tais processos oportunizam, através da mediação, as mais variadas situações para que a aprendizagem do educando seja significativa, entendendo sua realidade, bem como a possibilidade de alcançar sucessos no processo de alfabetização e letramento.
DESENVOLVIMENTO
Os termos Alfabetização e Letramento são conceitos que têm feito parte de inúmeros estudos e discursos sobre Educação na atualidade. Cada vez mais se percebe a necessidade de inseri-los nas práticas pedagógicas dos docentes de um modo geral, com foco na Educação de qualidade para todos.
A vida da criança é uma sucessão de experiências de aprendizagem adquirida por ela mesma, quando tem a oportunidade de interação. Ao chegar à escola, ela traz consigo infinitas experiências e conhecimentos acumulados, conquistados por meio de exploração visual, auditiva, jogos, brincadeiras, conversas, passeios, contatos, brinquedos, que influenciarão no processo de aprendizagem.
No processo de aprendizagem da leitura e da escrita, a criança defronta-se com um mundo cheio de atrações (letras, palavras, frases, textos) e se engajará neste mundo muito mais facilmente se puder participar integralmente dele e se o processo for transformado num grande ato lúdico (participativo, inteligente, prazeroso), em oposição ao ato técnico (estático, repetitivo, mecânico) muito próprio das escolas. Portanto, percebe-se a necessidade de se relacionar o processo de alfabetização com o lúdico, na forma de jogos e brincadeiras, que despertam o interesse e arrebatam a atenção das crianças, tornando este processo cheio de significado.
A alfabetização não se encontra mais sozinha. Hoje a proposta é alfabetizar letrando. Sobre isso, o caderno pedagógico do pró-letramento diz:
“ao mesmo tempo em que a criança se familiariza com o Sistema de Escrita alfabética, para que ela venha a compreendê-lo e a usa-lo com desenvoltura, ela já participa na escola, de práticas de leitura e escrita, sou seja, ainda começando a ser alfabetizada, ela já pode e deve ler e escrever, mesmo que não domine as particularidades de funcionamento da escrita.”
É impossível não perceber a importância que se vem concedendo, em escala cada vez mais crescente, ao mundo dos símbolos. Em todos os lugares, a todo instante, estamos rodeados por informações expressas por meio de letras, números, sinais, desenhos, mapas. Assim sendo, para desempenhar desde as mais simples atividades cotidianas às mais complexas, é necessário ler, interpretar, compreender, escrever com autonomia.
Portanto, não nos resta dúvida de que na escola, importante agência de letramento, primeiramente “[...] é necessário reconhecer que alfabetização – entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita – distingue-se de letramento – entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais […]” (SOARES, 2004, p.20). Além disso, é relevante compreender que é importante ir muito além do domínio do código escrito. Nosso desafio se constitui em “alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita [...].” (SOARES, 2004, p.22).
A alfabetização e o lúdico são inseparáveis. O ambiente lúdico é o mais propício para a aprendizagem e produz verdadeira internalização da alfabetização e do letramento. O brincar pedagogicamente deve estar incluído no dia-a-dia das crianças. Dessa forma será proporcionado o desenvolvimento das capacidades cognitivas, motora, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e de inserção social e a aprendizagem específica da alfabetização. Ao brincar, a criança tem a possibilidade de conhecer seu próprio corpo, o espaço físico e social. Brincando, a criança tem oportunidade de aprender conceitos, regras, normas, valores e também conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentos nas mais diversas formas de conhecimento.
O lúdico favorece a autoestima da criança e a interação de seus pares, propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. É um caminho que leva as crianças para novas descobertas, revelando segredos escondidos explorando, assim, um mundo desconhecido. A criança brincando o tempo todo e em todo o tempo. Por isso que a comida, o lápis, os sapatos, tudo se torna brinquedo. Quando está sem nenhum objeto seu corpo torna-se um brinquedo. O brincar é uma atividade própria da criança, dessa forma, ela se movimenta e se posiciona diante do mundo em que vive. Na alfabetização e no letramento ela não brinca por brincar, ela brinca com propósitos e com um olhar pedagógico.
Com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, desenvolvem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar. A alfabetização e o letramento acontecem de forma contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas práticas educativas, nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades mais livres, desperta a criança para o prazer de estar na escola e de aprender. Assim, elas criam um espaço de experimentação e descoberta de novos caminhos de forma alegre, dinâmica e criativa.
Essa forma de aprender ajuda na preparação para a vida adulta, pois desenvolve as funções intelectuais e desenvolve suas potencialidades. Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade” (p. 117). Enquanto a criança brinca, amplia sua capacidade corporal, explora as percepções e, sobretudo, desenvolve e estimula o raciocínio e a concentração, fatores fundamentais para o aprendizado. Rir, aceitar limites, organizar uma tarefa, concentrar, disputar, estar atento, sentir frio na barriga, raciocinar, pensar, gargalhar, competir com os outros e consigo próprio, ser curioso, ter prazer, cooperar, descobrir-se na relação com os outros, ser ágil, surpreender-se com a atitude do outro, emocionar-se. É difícil esgotar a riqueza de contribuições que os jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento humano de seres pequenos, jovens ou adultos.
O lúdico enriquece o vocabulário, aumenta o raciocínio lógico e leva a criança a avançar em suas hipóteses. Dessa forma, ela desenvolve o processo de ensino aprendizagem, se alfabetiza e de forma divertida e dinâmica . As atividades lúdicas são fundamentais para uma aprendizagem divertida e de sucesso. O caderno pedagógico do pró-letramento diz que “os jogos promovem habilidades no exercício fonológico, na exploração e domínio das relações som-grafia, levando a terem avanços na leitura e escrita”. Nas situações de jogar, brincar, os alunos partilham suas descobertas com os colegas e assim vão aprendendo a ler e a escrever.
O papel do professor diante do desafio da ludicidade na alfabetização e no letramento.
No dia-a-dia do professor em sala de aula, é preciso buscar novas formas de tornar o ensino estimulante e eficaz. No caderno do Pró-letramento, (p. 6) fala que “o ensino estimulante junta o prazer e o divertimento à aprendizagem”. Diante disso, é necessário criar situações de ensino-aprendizagem possibilitando um trabalho com dimensões lúdicas dentro e fora da sala de aula.
Quando a criança é motivada pelo prazer, ela se envolve mais facilmente nas atividades e, consequentemente, fica à disposição para aprender. O caderno de pró-letramento (p. 6) aponta que “que os jogos e as brincadeiras promovem tanto a apropriação do sistema de escrita alfabética quanto das práticas de leitura, escrita e oralidades significativas”. É preciso aplicar estratégicas de forma lúdica, seja através das brincadeiras, do ritmo de uma música, das poesias, das rimas ou do envolvimento da turma nas elaborações de atividades.
Os jogos precisam estar no planejamento do professor e ele deve motivar seus alunos na criação de novos jogos. As atividades lúdicas auxiliam na alfabetização e no letramento, mas precisam chegar aos alunos com planejamento e estratégias. Não é simplesmente dar o jogo e deixa os alunos jogarem do “jeito” deles. O caderno pedagógico do pró-letramento, (p. 35) afirma: “Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de atividades lúdicas no processo de alfabetização: brincar por brincar pode ser divertido, mas não necessariamente contribui para o processo de ensino-aprendizagem.”
O professor precisa estar atento às perguntas e soluções que os alunos propõem e o momento da atividade lúdica é um espaço de grande aproveitamento para isso. Dessa forma, o professor visualiza melhor as estratégias e os progressos que cada aluno está fazendo. É necessário interagir com os alunos, direcionando-os para a aprendizagem. Negociando com eles as regras e a familiarização do jogo.
Cada criança possui um grande potencial para aprender, o que as levam a internalizar o a aprendizagem aproveitando assim as oportunidades que lhes são oferecidas. Dessa forma elas constroem sua aprendizagem, criando e recriando. Faz-se necessário que os professores, além de ter o conhecimento, comprometimento, experiência e identificação com a tarefa de alfabetizar, alarguem, continuamente, seus conhecimentos sobre linguística, psicolinguística, sociolinguística, psicologia e para além disso: que se proponham a repensar frequentemente sua prática, de modo a perseguir o objetivo de atingir a todos os alunos, nem que para isso tenham que lançar mão de métodos e estratégias variados, porém, com segurança e intencionalidades bem definidas.
Leitor, escritor, mediador, observador, afetivo, pesquisador, flexível, estudioso, são sem sombra de dúvida, algumas das características de um bom alfabetizador. Para que um professor introduza jogos no dia-a-dia de sua classe ou planeje atividades lúdicas, é preciso que ele acredite que brincar é essencial na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da identidade.
CONCLUSÃO
A ludicidade se apresenta como requisito fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança, quanto à socialização e a aprendizagem. A alfabetização torna-se divertida quando a criança brinca e, dessa maneira, vai construindo seu aprendizado. Porém, é de suma importância que haja, da parte do professor, um planejamento diversificado almejando, principalmente, o amplo desenvolvimento da criança levando-a ao aperfeiçoamento e avanço na sua aprendizagem. Cabe ao professor, em seu papel de mediador, proporcionar atividades que desafiem seus alunos e os desenvolvam em sua totalidade.
O lúdico, junto com o imaginário, oferecem caminhos amplos para o desenvolvimento das crianças tornando-as mais críticas, autônomas, criativas, felizes e, com isso, realiza um aprendizado com significação. Dessa forma, possibilita-se uma observação mais ampla do mundo, promovendo o desenvolvimento em todas as dimensões humanas e levando ao sucesso na alfabetização e o letramento. Toda educação, verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania, precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais. O lúdico vem ligar de forma divertida a criança a aprendizagem significativa.

A IMPORTÂNCIA DO ALFABETO DE PAREDE

A IMPORTÂNCIA DO ALFABETO DE PAREDE

Conhecer o alfabeto: A importância da aprendizagem do alfabeto na fase inicial da alfabetização está sobretudo, na necessidade de o aluno identificar e saber os nomes das letras. Além disso, um conhecimento básico a ser trabalhado nesse momento é a regra geral de  que o nome de cada letra tem relação com pelo menos um dos "sons" da fala que ela pode representar na escrita.
 
Consequentemente, o domínio dos nomes das letras pode auxiliar na leitura e na compreensão da grafia das palavras. 

Portanto, é fundamental que o aluno compreenda que as letras são unidades estáveis do alfabeto que representam na escrita os "sons" vocálicos ou consonantais constitutivos das palavras que falamos.
 
Isto significa que o professor deve apresentar aos alunos o alfabeto e promover situações que lhes possibilitem a descoberta de que se trata de um conjunto estável de símbolos - as letras - cujo nome foi criado para identificar um dos fonemas que cada uma delas pode representar na escrita. 
 
É bom que o estudo do alfabeto se faça com a apresentação de todas as 26 letras, preferencialmente seguindo a ordem alfabética. Isso permite uma visão do conjunto, que facilita a compreensão do todo e a distinção de cada unidade, além de dar condição aos alunos de ampliarem sua compreensão da cultura escrita, familiarizando-se com um conhecimento de grande utilidade social, visto que muitos dos nossos escritos se organizam pela ordem alfabética.
 
É importante que todas as letras estejam visíveis na sala de aula, para que os alunos, sempre que for necessário, tenham um modelo para consultar.
Fonte: Coleção Instrumentos da Alfabetização - volume 2 - página 44.
            Ceale - Centro de Alfabetização, leitura e escrita - FaE/ UFMG
ESPERO QUE GOSTEM!

Como fazer um Plano de Aula para Educação Infantil

Como fazer um Plano de Aula para Educação Infantil

Como fazer um Plano de Aula para Educação Infantil: Planejar nem sempre é algo fácil. Muitas pessoas encontram grandes dificuldades quando precisam montar seu próprio plano. Para ajudar, aprenda no blog como montar seu plano de aula com este passo a passo.

 

Apresentamos aqui nesta postagem um esqueleto de um planejamento simples, que vai te ajudar a montar seus próprios planos e adaptá-los a qualquer tema trabalhado.
1. TEMA 
Em primeiro lugar você precisa de um tema, relacionado ao conteúdo trabalhado. Escolha um tema simples, de acordo com a disciplina em pauta.
 
2. TURMA
Aqui você precisa identificar sua turma, para poder aplicar o conteúdo adequado para esta faixa etária, de acordo com suas necessidades e dificuldades.
 
3. DURAÇÃO
Aqui você precisa determinar a duração do seu plano de aula. Este tempo vai variar de acordo com a necessidade de aplicação de cada uma das atividades propostas.
 
2. CONTEÚDOS
Aqui você vai especificar o conteúdo ligado ao seu planejamento escolar. Exemplo: coordenação motora, formação humana, natureza e sociedade, leitura e comparação de números, linguagem, etc.
 
3. OBJETIVOS
Qual são os objetivos desta aula? O que você pretende ensinar com ela? Alguns exemplos de objetivos que podem ser aplicados em seu planejamento:
  • Mostrar as diferentes formas de linguagens; 
  • Desenvolver a coordenação motora; 
  • Trabalhar o respeito ao próximo e amizade; 
  • Trabalhar a linguagem oral, atenção, e criatividade; 
  • Desenvolver/Estimular a motricidade fina; 
  • Experimentar e desenvolver atividades manuais;
5. RECURSOS
Quais os materiais você vai utilizar no seu planejamento? Cite aqui todos os possíveis materiais necessários para a aplicação do seu plano de aula. Exemplo: lápis de cor e giz de cera, TV e DVD, massinha, tinta e meleca, revistas, livros, sucata, rótulos de embalagens e outros.
 
6. DESENVOLVIMENTO
Aqui você vai explicar como será aplicado o seu plano de aula, passo a passo. Proponha todas as atividades, brincadeiras, jogos, como irá utilizar os recursos escolhidos. Você pode explicar isto acrescentando alguns tópicos na ordem correta de como será o desenvolvimento. Exemplo:
  • Acolhimento 
  • Música para recepção 
  • História com livro 
  • Vídeo 
  • Recontação com fantoches 
  • Rodinha de conversa 
  • Lanche 
  • Oficina 
  • Despedida
 
COMO REALIZAR ALGUMAS ATIVIDADES PROPOSTAS:
 
Acolhimento - Receba os alunos com abraços e beijos, desejando-lhe boas vindas. Aqui você pode identificar cada um com crachás para uma melhor apresentação e já trabalhar as letras do alfabeto. Uma música bem alegre, já relacionada ao tema trabalhado é muito sugestiva também para este momento introdutório. 
 
História com livro (nome do livro) - Se você tem um livro que vai trabalhar no seu planejamento agora é a hora de sentar toda a turminha e começar a trabalhar o livro. Apresente o livro de forma criativa e cativante, falando dos personagens. Você pode fazer uma leitura dinâmica com acompanhamento pelos alunos (um livro para cada um) ou também distribuir xerox do livro. Outras sugestões criativas: fantoches e dedoches dos personagens, recontação da história, dramatização... 
 
Vídeo (nome do vídeo) - Um vídeo relacionado ao tema ou filme pode ser aplicado de forma lúdica aqui. Que tal organizar uma rodada de filme e pipoca?
 
Rodinha de conversa - Sentar com a turminha no chão, na sala ou ao ar livre, para discutir o tema trabalhado. Fale sobre o livro, sobre o vídeo, sugerindo outro fim para a história, o que elas pensam sobre o assunto, o que fariam a respeito. Instigue questões e espere com calma as resposta, respeitando cada uma delas e incentivando os amiguinhos a fazer o mesmo.
 
Intervalo e lanche - Prepare com antecedência um saboroso lanche que pode também ser relacionado ao tema. Alimentos divertidos são uma ótima opção!
 
Oficina de sucata - Esta é uma ótima dica para ser acrescentada ao todos os projetos e planos de aula. Nela você pode confeccionar lembrancinhas com os alunos relacionadas ao tema trabalhado usando reciclagem de vários materiais e sucata. 
 
Despedida - Despedir cada aluno com carinho, atenção e alegria é muito importante. Só assim eles se sentirão amados e terão vontade de voltar no outro dia, o que tornará suas aulas mais dinâmicas. 
 
7. AVALIAÇÃO
Qual foi sua meta? Ela foi alcançada? Avaliar cada criança durante o processo de ensino e aprendizagem é muito importante. Todos devem ser avaliados quanto à capacidade de comunicação, reações em cada atividade, como cada um reagiu diante às situações e aos desafios propostos, a interação individual de cada um com os colegas, anotando tudo que foi falado na roda de conversa com muita atenção. Algumas dessas informações, poderá ser muito útil para o portfólio de seus alunos.

A importância das regras e combinados para estabelecer a harmonia

A importância das regras e combinados para estabelecer a harmonia

O ambiente escolar é o local para a criança experimentar pela primeira vez como é viver em sociedade, sem ter os pais ou responsáveis como as figuras que atendem e resolvem as vontades e dificuldades. É nesse período em que os pequenos aprendem a lidar com as diferenças e a respeitá-las. Mas, além disso, é também o momento em que percebem que existem outras estratégias para satisfazer suas necessidades, como agressões, xingamentos, mordidas e choros. Lidar com esse tipo de comportamento pode parecer difícil, mas é por meio de tais sinais que é possível estabelecer a boa convivência e o respeito às regras.

 

Não importa a idade, as regras e os limites fazem parte da sociedade e desde cedo devemos aprender a conviver com as mesmas.

Saber que o seu direito termina onde começa o direito do outro, aprender a lidar com as diferenças e a resolver seus conflitos é uma constante na vida, seja em que etapa dela se vive.

 

Por isso, as crianças, desde bem pequenas, devem aprender a conviver com os combinados, os limites, pois não há como passar uma vida fazendo tudo como se quer, na hora que se quer, do jeito que se quer, com as pessoas que se quer.

 

PALAVRAS MÁGICAS

As regrinhas da boa educação também devem estar fixadas para toda turma

Basta e imprimir e montá-lo, Mural: As palavrinhas mágicas

Os combinados da turma

Fazer combinados não significa apenas captar a opinião dos alunos e construir um cartaz bonito com as responsabilidades do grupo. Significa também uma mudança de postura por parte do educador. O professor precisa abandonar os velhos métodos autoritários e se propor a construir uma relação afetiva com sua turma. Precisa estar disposto a ouvir, a respeitar cada criança, a conquistar a confiança da turma. Precisa estabelecer limites justos, que ajudem a criança a se desenvolver moralmente, em vez de causar apenas humilhação e revolta. Agindo assim, normalmente o professor leva mais tempo para conquistar o respeito da turma, porém, quando essa conquista ocorre ela é permanente, pois o professor atinge uma autoridade que não se baseia apenas no medo, mas numa verdadeira relação de confiança e admiração pelo mestre. Quando educamos as crianças para se comportar bem em função do medo de receber punição, corremos o risco de formar pessoas capazes de obedecer quando são vigiadas, mas que agem de forma anti-ética quando "ninguém está olhando". Os combinados ajudam a criar uma cidadania autêntica e não apenas um jogo de hipocrisia social onde o que vale é a aparência de bondade.

A sala de aula é um reflexo da bagagem que o aluno traz de casa. Se uns não dão trabalho, sabem se comportar e ter disciplina, outros acreditam que estão na própria sala de estar, onde fazem o que querem. Por isso, é importante estabelecer regras desde o primeiro dia, para evitar a indisciplina.

O ambiente de uma sala de aula de Educação Infantil deve ser agradável e prazeroso, de maneira que promova relações estimuladoras de desenvolvimento da criança com o professor, com os estudos, com outras crianças e com as regras.

A maneira de conduzir a relação entre os alunos, interagir com eles e propor as atividades interfere na aprendizagem.

Algumas orientações para a construção dos combinados:

- A atividade de construção de regras deve acontecer na primeira semana de aula.

- O professor não deve chegar à sala de aula com as regras já prontas, escritas em papel pardo e apresentar às crianças.

- Faça uma roda com os alunos para que todos possam olhar uns aos outros. Cada criança é orientada a falar o que acha que deve ser permitido ou não na escola, e a professora faz a mediação dos comentários.

- As regras devem ser construídas coletivamente, para que todos discutam e se sintam responsáveis por elas. Detalhe! Todas as crianças têm o direito de opinar e devem ser incentivadas a isso.

- As regras devem ser fixadas na sala de aula, em lugar visível a todos os alunos.

- Não basta construir as regras. Devem ser retomadas, periodicamente, para que as crianças aprendam a avaliar o que foi combinado e o que está ou não acontecendo.

- Os professores devem destacar as regras que estão sendo cumpridas, elogiar a turma e levá-la a refletir sobre “o que faz com que essas regras sejam cumpridas”?

- Levantar as regras que não estão sendo cumpridas de modo geral e também levá-la a refletir sobre “o que faz com que essas regras não estejam sendo cumpridas”?

O professor sai da condição de tutor das regras e oferece aos alunos a responsabilidade da resolução como mediador, relembrando-os de que, o que vale para um vale para todos aqueles que, por ventura, também burlarem tal combinado.  A consequência do não cumprimento do combinado é igual para todos.

Para além da disciplina e da punição, os combinados ou regras, devem centrar-se em estratégias de negociação, de apoio à construção de convicções acerca do relacionamento interpessoal.

Mais do que apresentar regras para as crianças, o importante é perceber a elaboração mental que cada criança faz como são internalizadas, que impacto existe em suas vidas, que significado e importância possuem.

 

COMBINADOS DA TURMA

Deve-se fazer um acordo de comportamento com os alunos, o que se pode e o que não pode, e registrá-lo em mural, através de palavras ou desenhos.

Plaquinhas para creche e maternal, rotina ilustrada, hora de dormir, hora de comer. hora do banho, hora de escovar os dentes, hora de acordar, hora do almoço, hora do lanche, regrinhas pode brincar, lavar as mãos, usar o banheiro corretamente, levantar as mãos para falar, prestar atenção a professora, manter os objetos organizados, não gritar.

Placas com regras e combinados para sala de aula e escola: Plaquinhas para creche e maternal, rotina ilustrada, hora de dormir, hora de comer. hora do banho, hora de escovar os dentes, hora de acordar, hora do almoço, hora do lanche, regrinhas pode brincar, lavar as mãos, usar o banheiro corretamente, levantar as mãos para falar, prestar atenção a professora, manter os objetos organizados, não gritar.

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Disciplina é um valor que deve ser cultivado

Segundo o educador Celso Antunes “a disciplina precisa ser transformada em valor, para que seja vista como uma qualidade humana, imprescindível à convivência e fundamental para as boas relações interpessoais. A disciplina não pode, jamais, chegar ao aluno como uma ordem, um castigo, um imperativo que partindo do mais forte, dirige-se ao oprimido em nome de seu conforto pessoal, mas como ‘produto’ de debate, reflexão, estudo de caso e análise onde se descobre a hierarquia de povos disciplinados sobre clãs sem mando ou sobre sociedades oprimidas”.